A teia e o labirinto
Resumen
O presente artigo aborda as relações de gênero no universo cretense enquanto continuidade de uma estrutura mítica e relativa à práxis do homem oriunda dos períodos Paleolítico e Neolítico. Dessa forma, o foco das análises recai sobre as representações da Deusa das Serpentes, oriunda de Cnossos, do touro, do duplo machado e do labirinto, elementos que, entrelaçados, formam uma inextricável teia, repleta de símbolos que compartilham do motivo da fecundidade, fertilidade e continuidade da vida, e de como estes elementos, presentes no mito de Minos e Ariadne, revelam uma estrutura de sucessão matrilinear ao trono de Creta. A análise é pautada nos pressupostos teóricos da Semiótica greimasiana, sobretudo na figurativização, da Antropologia, da Helenística, da Arqueologia e da Etimologia.