Uma leitura da obra jogo de fiar, de Patrícia Bins, pelo viés da teoria hermenêutica de Paul Ricouer

  • Marta Freitas Mendes PUCRS
Palavras-chave: Literatura

Resumo

RESUMO: Este artigo tem por objetivo apresentar uma proposta de interpretação da novela Jogo de fiar, de Patrícia Bins (1930 – 2008), à luz da teoria hermenêutica do filósofo francês Paul Ricoeur (1913 - 2005). Patrícia Bins, filha de pai austríaco e mãe inglesa, escritora nascida no Rio de Janeiro, mas radicada no Rio Grande do Sul, desenvolveu sua produção literária em solo gaúcho. Depois da publicação de seu primeiro livro, O assassinato dos pombos (1980), coletânea de contos e crônicas publicados desde 1968 no jornal Correio do Povo, Bins estreia na narrativa longa com a novela Jogo de fiar (1983), obra que aprofunda o tom intimista e memorialista que caracterizará o conjunto de sua literatura, além do intertexto com a cultura europeia, sobretudo no âmbito das letras. Neste espaço tentaremos mostrar em que medida Jogo de fiar possibilita o diálogo com a obra de Ricoeur, especialmente em relação às proposições de mundo do texto, círculo mimético e identidade narrativa, as quais constituem aqui a base da realização de um exercício interpretativo que busca congregar as três instâncias da obra literária: autor, texto e leitor.

Palavras-chave: Jogo de fiar; Patrícia Bins; Hermenêutica; Paul Ricoeur.

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Biografia do Autor

Marta Freitas Mendes, PUCRS
Mestranda em Teoria da Literatura pelo Programa de Pós-Graduação em Letras da PUCRS.

Referências

BINS, Patrícia. Jogo de fiar. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1983.

CHAVES, Luciana de Carvalho. Jogo de fiar: ficção ou autobiografia? Uma análise sobre a vida e a obra de Patrícia Bins: In: Anais da X Semana de Letras da PUCRS. Porto Alegre: Edipucrs, 2010.

RICOEUR, Paul. O conflito das interpretações. Trad. de Hilton Japiassu. Rio de Janeiro: Imago, 1978.
_________. Teoria da interpretação: o discurso e o excesso de significação. Trad. de Artur Morão. Lisboa: Edições 70, 1987.
_________. Tempo e narrativa. Campinas: Papirus, 1994 – 1998. Tomo 1.
________. Identidade pessoal e identidade narrativa. In: O Si-Mesmo como Outro. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2014.
Publicado
2018-12-19
Seção
Artigos - Fluxo contínuo