Adiamento da Chamada de artigos da Revista Artefilosofia: Dossiê Estética Africana

2019-04-03

Na história de África estão envolvidos eventos de invasão, violação, escravização, pilhagem de riquezas naturais e roubo de patrimônio artístico. Tais ações, praticadas durante séculos, foram sustentadas pela crença branca de “superioridade” empenhada em construir um discurso ideológico, apoiado por um discurso que atribuía cientificamente a “inferioridade inata” do negro-africano. A institucionalização do racismo favoreceu e orientou a criação de museus etnográficos nos países colonizadores, os quais reproduziam e ainda reproduzem teorias baseadas em um suposto exotismo, primitivismo e inferioridade dos povos que habitam África. Ao retomar esses fatos lembramos que, apesar das máscaras, esculturas e outras produções africanas não terem seu estatuto de arte reconhecido, pois foram classificadas como abaixo do nível da arte pelos colonizadores; apesar dos homens e mulheres artistas africanos terem sido expropriados de suas funções e escravizados; apesar de já terem sido criadas proibições oficiais de acesso a determinados materiais, como ouro, para os negros; apesar de toda uma estrutura coercitiva de assegurar a estabilidade do sistema mantendo os africanos e seus descendentes sob constante terror, brutalidade e ignorância.  Ainda assim as manifestações artísticas dos povos de África, habitantes do continente ou em diáspora, não foi silenciada. Os africanos souberam resistir à desumanização e continuaram desenvolvendo suas produções artísticas. 

Dessa forma, com a constatação de que a estética africana é um tema ainda pouco explorado na filosofia, convidamos pesquisadoras e pesquisadores para a publicação de artigos que versem sobre tal temática. E partindo do fato de que a estética é uma ciência da sensibilidade, então colocamos a questão: quais afetos são produzidos quando articulamos a imagem de África com nossas sensibilidades? Para isso, é necessário contrapor-se ao discurso colonial e à crença na modernidade como narrativa ocidental para dar legitimidade às vozes africanas. Com isso, este dossiê aceitará textos que incitem a repensar através de manifestações artísticas em suas múltiplas linguagens como a ideia de África torna-se um signo (MBEMBE, 2015) contemporâneo de decolonização não somente no continente (DIAGNE, 2007; MUDIMBE, 1990), mas também na diáspora por meio da ancestralidade ou da construção de um discurso territorial negro (SODRÉ, 1987).

Organizadores do dossiê:

Dr. Luis Thiago Dantas e Dra. Rizzia Rocha

 

Data para o envio dos textos: 14/09/2019

 

Dados para a formatação dos textos:

Os artigos deverão ter, no máximo, 20 páginas, no seguinte formato: papel A4, documento do tipo Word, com fonte Times New Roman 12, em “estilo normal” ou “corpo de texto”, espaço simples entre linhas, parágrafos justificados e margens de 3 cm, evitando-se o uso de recursos avançados de edição, como estrutura de tópicos e semelhantes.

Todos os trabalhos deverão apresentar: título e resumo em português e em inglês, com 200 palavras no máximo; palavras-chave nas duas línguas.

Autores: não deverão ser identificados em nenhuma parte do texto do artigo (sistema duplo blind peer review). A mini-biografia do autor, a afiliação institucional e o endereço de email devem ser informados no formulário de submissão, não no corpo do texto.

As referências bibliográficas deverão ser relacionadas ao final do texto, em ordem alfabética, de acordo com as normas da ABNT.


Ilustrações: gráficos, tabelas, desenhos, mapas etc. devem ser numerados e titulados tão perto quanto possível do elemento a que se refere, indicando sua fonte. Os direitos de reprodução de imagem devem ser conseguidos pelos próprios autores.

Citações: para as citações no texto devem ser adotado o sistema numérico (NBR 10520:2002). A indicação da fonte é feita por numeração única e consecutiva, em algarismos arábicos, remetendo-se a nota de rodapé pela referência completa na primeira menção, devendo conter Sobrenome do autor (seguido de vírgula), prenomes (seguido de ponto); Título da obra em negrito (seguido de ponto); edição (seguido de ponto); local (seguido por dois pontos); editora (seguido de vírgula); ano da publicação (seguido deponto); se for o caso indicar o volume ou tomo e finalmente a página da fonte. Na segunda menção Sobrenome do autor (seguido de vírgula); prenomes (seguido de vírgula); op.cit. (na obra citada); página da fonte. Quando as notas do mesmo autor estiverem em sequência, poderão ser usadas as expressões latinas, seguidas do número da página citada. A) apud: citação de segunda mão; cf: confrontar refere-se a; ibid na mesma obra citada (mesmo autor, mesma obra, porém páginas diferentes); id mesmo autor (mesmo autor, mesma obra, mesma página); op.cit. na obra citada. As citações diretas curtas (até três linhas) devem vir entre aspas e incorporadas ao texto e sem alteração do tipo de letra. As citações longas (mais de três linhas) devem apresentar recuo de 4 cm da margem esquerda, com letra menor que a do texto utilizado (fonte 11) e sem aspas. As citações indiretas devem vir sem aspas. As citações de citações podem utilizar a expressão apud e a obra original a que o autor consultado está se referindo deve ser citada. Para outras informações acerca do uso de citações, o autor deverá consultar a ABNT (NBR 10520:2002).

Referências: deverão ser apresentadas observando-se rigorosamente a ordem alfabética. As referências bibliográficas deverão ser elaboradas conforme as disposições da NBR 6023:2002, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), somente com elementos essenciais.

Modelo de referência bibliográfica de livro:

SOBRENOME, Nome do autor; SOBRENOME, Nome do autor. Título do livro: subtítulo do livro. Edição. Local: Editora, ano. Xx p.

Modelo de referência bibliográfica de livro disponível on-line:
SOBRENOME, Nome do autor; SOBRENOME, Nome do autor. Título do livro: subtítulo do livro. Edição. Local: Editora, ano. Xx p. Disponível em. Acesso em: DD/MM/AAAA.

Modelo de referência bibliográfica de artigo publicado em periódico:
SOBRENOME, Nome do autor; SOBRENOME, Nome do autor. Título do artigo. Nome da revista, Cidade, v.00, n.11, p.111-222, jan. 2012.

Modelo de referência bibliográfica de artigo publicado em periódico disponível on-line:
SOBRENOME, Nome do autor; SOBRENOME, Nome do autor. Título do artigo. Nome da revista, Cidade, v.00, n.11, p.111-222, jan. 2012. Disponível em:. Acesso em DD/MM/AAAA.