Cuitelinho:

memória, tradição e saudade

  • Gloria Bonilha Cavaggioni
  • Bruno Pucci Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep
  • Luis Fernando A. de A. Campos Universidade Estadual Júlio de Mesquita Filho - Unesp
Palavras-chave: Estética, Cultura caipira, Moda de viola, Cuitelinho, Theodor Adorno

Resumo

Sob a luz da Teoria Estética de Theodor Adorno[1] a canção Cuitelinho revela nuances e contornos que à primeira vista passam despercebidos. A hermenêutica proposta pelo autor alemão dá voz à singularidade de uma comunidade marginalizada atualmente em nossa realidade brasileira. Em um mundo globalizado, em que não há tempo para a reflexão e em que impera a cegueira ideológica, a cultura caipira impregnada na referida obra desvela a crítica e o retrato de nossa sociedade. O desafio proposto neste estudo é estabelecer um diálogo entre um poema-cantado, manifestação cultural da tradição caipira, e algumas categorias estéticas elaboradas na Alemanha no contexto da arte de vanguarda, na tentativa de apreender o conteúdo de verdade dessa obra de arte.


 

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Biografia do Autor

Gloria Bonilha Cavaggioni
Mestre em Educação pela Universidade Metodista de Piracicaba – Unimep. Jornalista pela mesma instituição. Foi bolsista do CNPq durante o mestrado.
Bruno Pucci, Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep
Professor Titular do Programa de Pós-Graduação em Educação da UNIMEP. Pesquisador Sênior do CNPq. Líder do Grupo de Pesquisa Teoria Crítica e Educação – UNIMEP.
Luis Fernando A. de A. Campos, Universidade Estadual Júlio de Mesquita Filho - Unesp
Doutorando em Educação Escolar na Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”- UNESP – Campus Araraquara. Psicólogo Educacional do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia, IFSP- Campus Piracicaba. 

Referências

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Publicado
2019-12-19