Temporalidade e felicidade hoje:

Uma relação possível entre o pensamento histórico, a democracia e a experiência da felicidade.

  • Marcelo Mello Rangel
Palavras-chave: Felicidade, Temporalidade, Pensamento histórico, Democracia, Hipótese democrática

Resumo

Trabalharemos, num primeiro momento, com a delimitação do que estou chamando de felicidade com base na tematização do problema da temporalidade, ou ainda, a partir da relação de complementaridade entre certa mobilidade da história e o modo de comportamento dos homens em geral. Tematizaremos, em seguida, a temporalidade contemporânea e como ela tem dificultado a experiência da felicidade, e trataremos, por fim, da relação entre o pensamento histórico, o que estou chamando de democracia (ou democratização) e a própria possibilidade da experiência da felicidade, especialmente a partir da hipótese democrática.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ARAUJO, Valdei Lopes de; RANGEL, Marcelo de Mello. “Teoria e história da historiografia: do giro linguístico ao giro ético - político”. História da Historiografia, n° 17, 2015.

BENJAMIN, Walter. “Experiência e pobreza”. Walter Benjamin. Obras escolhidas. Magia e técnica, arte e política. Trad.: Sérgio Paulo Rouanet. São Paulo: Brasiliense, 1994.

BENJAMIN, Walter. “Sobre o conceito de história”. In.: LÖWY, Michael. Walter Benjamin: aviso de incêndio. Uma leitura das teses “Sobre o conceito de história”. Trad.: Jeanne Marie Gagnebin e Marcos Lutz Müller. São Paulo: Boitempo Editorial, 2005.

BENJAMIN, Walter. “Über den Begriff der Geschichte”. Gesammelte Schriften, t. 1 (2), pp. 691 -704. Frankfurt am Main: Suhrkamp, 1974.

CAMUS, Albert. O mito de Sísifo. Trad.: Ari Roitman e Paulina Watch. Rio de Janeiro: Record, 2009.

CASANOVA, Marco Antonio. Compreender Heidegger. Petrópolis, RJ: Editora Vozes, 2012.

CASANOVA, Marco Antonio. “O homem entediado: niilismo e técnica no pensamento de Martin Heidegger.” Ekstasis: Revista de Hermenêutica e Fenomenologia, 2012.

CASANOVA, Marco Antonio. O instante extraordinário: Vida, história e valor na obra de Nietzsche. São Paulo: Forense Universitária, 2003.

DERRIDA, JACQUES. Demorar. Maurice Blanchot. Trad.: Flavia Trocoli e Carla Rodrigues. Florianópolis: Editora UFSC, 2015.

DERRIDA, JACQUES. Espectros de Marx.O estado da dívida, o trabalho do luto e a nova internacional. Trad.: Anamaria Skinner. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2002.

DERRIDA, JACQUES. Força de Lei. O Fundamento místico da autoridade. Trad.: Leyla Perrone-Moisés. São Paulo: Martins Fontes, 2010.

FOGEL, Gilvan. Sentir, ver, dizer. Cismando coisas de arte e de filosofia. Rio de Janeiro: Mauad X, 2012.

FOUCAULT, Michel. “A ética do cuidado de si como prática da liberdade”. Ditos & Escritos, V - Ética, Sexualidade, Política. Trad.: Elisa Monteiro e Inês Autran Dourado Barbosa. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2004.

FOUCAULT, Michel. “Nietzsche, a genealogia e a história”. Microfísica do poder. Trad.: Roberto Machado. Rio de Janeiro: Edições GRAAL, 2000.

GORNER, Paul. Ser e tempo. Uma chave de leitura. Trad.: Marco Antônio Casanova. Petrópolis: Editora Vozes, 2017.

GUMBRECHT, Hans Ulrich. Atmosfera, ambiência, Stimmung. Sobre um potencial oculto da literatura. Trad.: Ana Isabel Soares. Rio de Janeiro: Contraponto: Editora PUC - Rio, 2014.

GUMBRECHT, Hans Ulrich. “Depois de ‘Depois de aprender com a história’, o que fazer com o passado agora?”. In. NICOLAZZI, Fernando; MOLLO, Helena Miranda; ARAUJO, Valdei Lopes (Orgs.). Aprender com a história? O passado e o futuro de uma questão. Rio de Janeiro: FGV, 2011.

GUMBRECHT, Hans Ulrich. Graciosidade e estagnação: Ensaios escolhidos. Trad.: Luciana Villas Bôas e Markus Hediger. Rio de Janeiro: Contraponto; Editora PUC - Rio, 2012.

GUMBRECHT, Hans Ulrich. Nosso amplo presente. O tempo e a cultura contemporânea. Trad.: Ana Isabel Soares. São Paulo: Editora UNESP, 2015.

GUMBRECHT, Hans Ulrich. Produção de Presença. O que o sentido não consegue transmitir. Trad.: Ana Isabel Soares: Rio de Janeiro: Contraponto: Ed. PUC - Rio, 2010.

HADDOCK-LOBO, Rafael. Derrida e o labirinto de inscrições. Porto Alegre, RS: Zouk, 2008.

HADDOCK-LOBO, Rafael. Para um pensamento úmido. A filosofia a partir de Jacques Derrida. Rio de Janeiro: NAU: Editora PUC - Rio, 2011.

HADDOCK-LOBO, Rafael. “Walter Benjamin e Michel Foucault: a importância ética do deslocamento para uma Outra História”. Revista Comum, Rio de Janeiro, v. 9, n. 22, pp.56 - 75, jan.- jun, 2004.

HAN, Byung-Chul. Sociedade do Cansaço. Trad.: Ênio Paulo Giachini. Petrópolis: Vozes, 2018.

HEIDEGGER, Martin. “A questão da técnica”. Ensaios e conferências. Trad.: Emmanuel Carneiro Leão, Gilvan Fogel e Marcia Sá Cavalcante Schuback. Petrópolis, RJ: Vozes; Bragança Paulista: Editora Universitária São Francisco, 2006.

HEIDEGGER, Martin. Os conceitos fundamentais da metafísica. Mundo - Finitude - Solidão. Trad.: Marco Antônio Casanova. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2011.

HEIDEGGER, Martin. Ser e tempo. Petrópolis: Trad.: Marcia Sá Cavalcante Schuback: Vozes; Bragança Paulista: Editora Universitária São Francisco, 2008.

HEIDEGGER, Martin. Sein und Zeit. Tübingen: Max Niemeyer Verlag, 2006.

KIERKEGAARD, Sören. O desespero humano (Doença até a morte). Trad.: Adolfo Casais Monteiro. Coleção “Os Pensadores”. Rio de Janeiro: Abril Cultural, 1988.

KOSELLECK, Reinhart. Estratos do tempo. Estudos sobre história. Trad.: Markus Hediger. Rio de Janeiro: Contraponto, Ed. PUC-Rio, 2014.

KOSELLECK, Reinhart. Futuro Passado. Contribuição à semântica dos tempos históricos. Trad.: Wilma Patrícia Maas e Carlos Almeida Pereira. Rio de Janeiro: Contraponto, Ed. PUC-Rio, 2006.

LYOTARD, Jean-François. Enthusiasm. The kantian critique of history. Stanford, California: Stanford University Press, 2009.

NIETZSCHE, Friedrich. Segunda Consideração Intempestiva. Da utilidade e da desvantagem da história para a vida. Trad.: Marco Antônio Casanova. Rio de

Janeiro: Relume Dumará, 2003.

RANCIÈRE, Jacques. O ódio à democracia. Trad.: Mariana Echalar. São Paulo: Boitempo, 2014.

RANGEL, Marcelo de Mello. Da ternura com o passado. História e pensamento histórico na filosofia contemporânea. Rio de Janeiro: Via Verita, 2018.

RANGEL, Marcelo de Mello. “Entrevista Professor Doutor Marcelo de Mello Rangel”. Revista Ensaios Filosóficos, volume XVI – dezembro/2017.

RANGEL, Marcelo de Mello. “História e Stimmunga partir de Walter Benjamin: Sobre algumas possibilidades ético-políticas da historiografia”. Cadernos Walter Benjamin, v. 17, 2016.

RANGEL, Marcelo de Mello. “Melancolia e história em Walter Benjamin”. Ensaios Filosóficos, v. XIX, 2016.

RANGEL, Marcelo de Mello. Modernidade e história a partir de Walter Benjamin e Derrida. Tese de doutorado defendida no Programa de Pós-Graduação em Filosofia (PPGF) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), 2015.

RANGEL, Marcelo de Mello. “Nietzsche e o pensamento histórico: justiça, amor e felicidade”. Revista Trágica: estudos de filosofia da imanência. Rio de Janeiro, v. 10 n° 2, p. 69-85, 2017.

RODRIGUES, Thamara de Oliveira; RANGEL, Marcelo de Mello. “Temporalidade e crise: sobre a (im)possibilidade do futuro e da política no Brasil e no mundo contemporâneo”. MARACANAN, pp. 66-82, 2018.

SANTOS, Leandro Assis. Interpretações de uma teoria dos afetos em Martin Heidegger. Tese de doutorado defendida no Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), 2018.

SARTRE, J-P. O ser e o nada: Ensaios de ontologia fenomenológica. Trad.: Paulo Perdigão. Petrópolis: Vozes, 1997.

TÜRCKE, Christoph. Sociedade excitada. Filosofia da sensação. Trad.: Antonio Zuin, et all. Campinas, SP: Editora da UNICAMP, 2010.

Publicado
2019-02-18
Seção
Dossiê Material Musical