O que fazer com o seu dinheiro: o discurso prescritivo em manchetes de capa de jornais sobre finanças pessoais
Palavras-chave:
Jornalismo, Manchetes de jornais, Autoajuda, Análise do discurso
Resumo
Saia do vermelho. Pague as contas em dia e evite entrar no cheque especial. Essas são algumas questões trazidas pela mídia em geral quando o assunto são finanças pessoais. Mas para quem são endereçadas? Como é construído o leitor nesse tipo de abordagem? A quais discursos elas remetem? Este artigo visa a responder a esses questionamentos e investiga, à luz da análise do discurso de linha francesa, os sentidos que emergem desses tipos de enunciados em manchetes de capa de jornais e como esses sentidos ligam-se, simultaneamente, ao discurso de autoajuda. A mídia precisa de audiência e é vista como uma transmissora da verdade e detentora de credibilidade. Valendo-se dessa constituição ideológica, os enunciados jornalísticos de primeira página sobre a vida financeira das pessoas inscrevem-se em formações discursivas que remetem à imposição velada do discurso de autoajuda e também à relevância construída através do discurso midiático. No meio dessa arena ideológica de dizeres híbridos, estão o sujeito-autor e o sujeito-leitor, que convivem através dos sentidos emergentes dos enunciados.Downloads
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Publicado
2014-06-23
Edição
Seção
Artigos
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