Violência no Brasil: as cores que morrem.

Abstract

O racismo provoca diariamente a morte da população jovem e negra. A invisibilidade da negritude e a imagem negativa do negro que sempre esteve marginalizado na sociedade brasileira, contribuem para esta triste e real afirmativa: estão matando a população negra jovem e esta violência ocorre diante de todos e passa desapercebida ou como fato já esperado, afinal, é noticiado que o bandido é negro, pobre e marginalizado. O “Mapa da Violência 2016 – Homicídios por Armas de Fogo no Brasil” traz os números que confirmam que é o sangue negro que escorre nas ruas. Pretende-se por meio de uma discussão dos dados trazidos pelo Mapa da Violência e dialogando com a temática da violência e racismo, demonstrar que a violência no Brasil ainda segue a norma da dos privilégios da branquitude e que há muito o que implementar através de políticas públicas para inibir o sistema de opressão e exploração da população negra que morre diariamente apenas pelo fato de sua cor e condição social. Para tal discussão, por meio da revisão bibliográfica, a pesquisa desenvolver-se-á a partir da utilização do método dedutivo.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biographies

Elaine Dupas, Universidade Federal da Grande Dourados - UFGD
Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Fronteiras e Direitos Humanos pela Faculdade de Direito e Relações Internacionais da UFGD/Dourados. Professora Convocada de Direito na Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul - UEMS, unidade de Naviraí/MS.
Thiago Giovani Romero, UNESP/Franca.
Mestrando no Programa de Pós-Graduação em Direito pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” - Faculdade de Ciências Humanas e Sociais – Unesp/Franca.

References

ADORNO, S. O Monopólio estatal da violência na sociedade brasileira contemporânea. In: O que ler na ciência social brasileira 1970-2002. Volume IV. Organizado por Sérgio Miceli.

AGAMBEN, Giorgio. Homo sacer: o poder soberano e a vida nua I. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2002.

___________. Estado de exceção: homo sacer, II, I. São Paulo: Boitempo, 2004.

DUARTE, A. Sobre a biopolítica: de Foucault ao século XXI. Revista Cinética: estéticas da biopolítica. Disponível em: <http://www.revistacinetica.com.br/cep/andre_duart

e.htm>. Acesso em: 26 jan 2017.

ESCÓSSIA, F. A cada 23 minutos, um jovem negro é assassinado no Brasil, diz CPI. Rio de Janeiro, 2016. Disponível em: http://www.bbc.com/portuguese/brasil-36461295. Data de acesso: 20 de jan de 2017.

FARIAS, L. CPI Assassinato de Jovens. Disponível em: http://www19.senado.gov.br/sdleg-getter/public/getDocument?docverid=80386574-416a-47ca-80cb-e1ede19363e2;1.9. Acesso em 10 de jan de 2017.

FOUCAULT, M. (2001b). História da sexualidade: A vontade de saber. 14 ed. Trad. Maria Thereza da Costa Albuquerque e J. A. Guilhon Albuquerque. Rio de Janeiro: Graal.

MARTINS, T. P. A. A precarização da vida e o homo sacer brasileiro: o alastramento da vida nua na sociedade brasileira e a biopolítica. In: Âmbito Jurídico, Rio Grande, XIV, n. 94, nov 2011. Disponível em: <http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=10692>. Acesso em jan 2017.

MISSE, Michel. Crime, sujeito e sujeição criminal: aspectos de uma contribuição analítica sobre a categoria "bandido". Lua Nova, São Paulo , n. 79, p. 15-38, 2010 . Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-64452010000100003&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 20 de jan 2017.

TESHAINER. M. C. R; KÜLLER. A. L. M. Por que o desdém? Reflexões sobre o racismo. In: Psic. Rev. São Paulo, 2005.

WAISELFSZ. J. J. Mapa da Violência 2016: homicídios por armas de fogo no Brasil. Instituto Sangari, 2016.

Published
2018-07-31
How to Cite
DUPAS, E.; ROMERO, T. G. Violência no Brasil: as cores que morrem. Libertas: Revista de Pesquisa em Direito, v. 3, n. 2, p. 1-9, 31 Jul. 2018.
Section
Doutrina Nacional