Violência no Brasil: as cores que morrem.

Resumo

O racismo provoca diariamente a morte da população jovem e negra. A invisibilidade da negritude e a imagem negativa do negro que sempre esteve marginalizado na sociedade brasileira, contribuem para esta triste e real afirmativa: estão matando a população negra jovem e esta violência ocorre diante de todos e passa desapercebida ou como fato já esperado, afinal, é noticiado que o bandido é negro, pobre e marginalizado. O “Mapa da Violência 2016 – Homicídios por Armas de Fogo no Brasil” traz os números que confirmam que é o sangue negro que escorre nas ruas. Pretende-se por meio de uma discussão dos dados trazidos pelo Mapa da Violência e dialogando com a temática da violência e racismo, demonstrar que a violência no Brasil ainda segue a norma da dos privilégios da branquitude e que há muito o que implementar através de políticas públicas para inibir o sistema de opressão e exploração da população negra que morre diariamente apenas pelo fato de sua cor e condição social. Para tal discussão, por meio da revisão bibliográfica, a pesquisa desenvolver-se-á a partir da utilização do método dedutivo.

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Biografia do Autor

Elaine Dupas, Universidade Federal da Grande Dourados - UFGD
Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Fronteiras e Direitos Humanos pela Faculdade de Direito e Relações Internacionais da UFGD/Dourados. Professora Convocada de Direito na Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul - UEMS, unidade de Naviraí/MS.
Thiago Giovani Romero, UNESP/Franca.
Mestrando no Programa de Pós-Graduação em Direito pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” - Faculdade de Ciências Humanas e Sociais – Unesp/Franca.

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Publicado
2018-07-31
Como Citar
DUPAS, E.; ROMERO, T. G. Violência no Brasil: as cores que morrem. Libertas: Revista de Pesquisa em Direito, v. 3, n. 2, p. 1-9, 31 jul. 2018.
Seção
Doutrina Nacional