Para além do círculo vicioso:

uma análise do tempo e da repetição no cinema de Béla Tarr

Palavras-chave: Béla Tarr, Cinema, Estética, Filosofia, Gilles Deleuze

Resumo

Este artigo traz à tona uma análise da repetição e do tempo nos filmes de Béla Tarr, mais detidamente no filme O Cavalo de Turim. Visando a potência da imagem, a análise deste artigo volta-se para o teor intensivo da repetição e sua positividade inumana, investigando-a como um modo procedimental de Béla Tarr. Como fonte teórica, além de livros dedicados à obra do cineasta, fez-se uso de alguns escritos filosóficos, como de Gilles Deleuze e de Pierre Klossowski. 

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Biografia do Autor

Breno Isaac Benedykt, Departamento de Filosofia da Universidade de São Paulo. Bolsista FAPESP (número do processo: 2018/03080-9)
É doutorando em Filosofia pela Universidade de São Paulo, com bolsa FAPESP, sob orientação do Prof. Dr. Celso Fernando Favaretto, na área de concentração de Estética. É formado em Filosofia e em Pedagogia pela Universidade de São Paulo. Mestre em Educação, na área de concentração, Cultura e Educação, pela Universidade de São Paulo, com bolsa FAPESP.

Referências

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O CAVALO DE TURIM. Béla Tarr; Ágnes Hranitzky: Alemanha/EUA/França/Hungria/Suíça, 2011. 146’, som., pb.

Publicado
2021-03-29
Seção
Filosofia e arte