Kant e De Duve:
crítica à recepção dos readymades de Duchamp.
Resumo
Em Kant depois de Duchamp (1996), Thierry de Duve concebe o juízo estético moderno a partir de certa alteração do juízo de gosto kantiano, com o propósito de uma crítica à recepção dos readymades de Marcel Duchamp. Nessa direção, o crítico propõe a substituição do termo “belo” por “arte” nos quatro momentos do juízo de gosto kantiano e na antinomia relativa a esse. A partir dessa releitura da estética kantiana, pretende-se, no presente artigo, uma análise acerca da coerência e relevância dessa apropriação, no sentido de verificar se há, de fato, contribuições significativas da estética de Kant para se pensar a fruição dos readymades.
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