Corporeidade, nomadismo e performance
Resumo
O tema a ser desenvolvido supõe a chamada terceira onda do feminismo reconhecido na superação da questão igualitária e empenhado na desconstrução/constituição de identidades. A ideia que se manifesta é a de criação de novos territórios e práticas, devires produtivos, nos quais se incluem os temas da corporeidade e da materialidade, fortemente associados à prática da performance. Um sentido de corporeidade relacionado a um processo de desafio em transpor lugares e (de)compor identidades. Esse artigo supõe não apenas o nomadismo que remete à condições existenciais e à subversão de fronteiras físicas e conceituais, mas ao subverter das imagens padronizadas de corpos de mulheres por meio de performances que utilizam a manipulação da autoimagem, em meio fotográfico ou digital. Faremos referência a determinadas performances, partindo da radicalidade das cirurgias plásticas de ORLAN, que tornam seu corpo o local da violência impingida aos corpos das mulheres; à mimetização de hábitos culturais que tratam o corpo da mulher como um “recipiente infinitamente habitável para o desejo” em Cindy Sherman; aos Selfies grotescos de Susanne Ohmann, que buscam subverter, por meio do jogo com objetos e aparência, a construção cotidiana de avatares nos meios e redes sociais digitalizadas.
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Referências
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