Expressão musical do inexprimível
o jazz e seus modos de presença.
Resumo
Este artigo tem por objetivo o diálogo com os modos de presença nos fenômenos estéticos, proposto de Rodrigo Duarte, a partir do desenvolvimento estético-social do jazz. Desde sua origem nas comunidades afro-americanas, o jazz passou por diversas transformações que vão da música popular ao jazz de vanguarda, passando pela apropriação por músicos brancos e pelo sistema da indústria cultural. Essa passagem, subsumida pelos músicos pretos de vanguarda, remete à ampliação do fenômeno irrepresentável, produzindo uma música absoluta de origem popular.
Downloads
Referências
ADORNO, Theodor W. A indústria cultural. In: COHN, Gabriel (Org.) Theodor W. Adorno (Coleção Sociologia), p. 92-99. Tradução de Amélia Cohn. São Paulo: Ática, 1986.
ADORNO, Theodor W. Crítica cultural e sociedade. In: Prismas: crítica cultural e sociedade, p. 07-26. Tradução de Augustin Wernet e Jorge Mattos Brito de Almeida. São Paulo: Editora Ática, 1998.
ADORNO, Theodor W. Moda intemporal – sobre o jazz. In: Prismas: crítica cultural e sociedade, p. 117-130. Tradução de Augustin Wernet e Jorge Mattos Brito de Almeida. São Paulo: Editora Ática, 1998.
ADORNO, Theodor W. O esquema da cultura de massas. Em: ADORNO, Theodor W. Indústria Cultural. Traduzido por Vinícius Marques Pastorelli. São Paulo: Editora Unesp, 2020.
ADORNO, Theodor W. On Jazz. In: Discourse, vol. 12, No. 1, A Special Issue on Music, p. 45-69. Translated by Jamie Owen Daniel. Fall-Winter, 1989-1990.
ADORNO, Theodor W. Sobre o caráter fetichista na música e a regressão da audição. In: Indústria Cultural, p. 53-102. Trad. por Vinícius Marques Pastorelli. São Paulo: Editora Unesp, 2020.
ADORNO, Theodor W.; HORKHEIMER, M. Dialética do esclarecimento. Tradução de Guido Antonio de Almeida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1985.
BARAKA, Amiri (JONES, LeRoi). Black Music: Free Jazz e consciência negra 1959-1967. Trad. André Capilé. São Paulo: sobinfluencia edições, 2023.
BARAKA, Amiri (JONES, LeRoi). O jazz e a sua influência na cultura americana. Trad. Affonso Blacheyre. Rio de Janeiro: Record, 1967.
BENJAMIN, Walter. A obra de arte na época de sua reprodutibilidade técnica. Apresentação, tradução e notas de Francisco de Ambrosis Pinheiro Machado. 2ª reimpr. – Porto Alegre, RS: Zouk, 2014.
DAHLHAUS, Carl. The Idea of Absolute Music. Chicago and London: The University of Chicago Press, 1989.
DUARTE, Rodrigo. Dizer o que não se deixa dizer: para uma filosofia da expressão. Chapecó: Argos, 2008.
DUARTE, Rodrigo. Do irrepresentável à perpresentação: revisitando os modos de presença nos fenômenos estéticos. In: FENERICK, PORTUGAL, CONTE (orgs.). A história nas artes. Curitiba: Appris, 2023a, p. 167-182.
DUARTE, Rodrigo. Modos de presença nas manifestações estéticas contemporâneas. In: DUARTE, R.; ROCHA, R. (orgs.). Modos de presença nos fenômenos estéticos. Belo Horizonte: Relicário, 2023b, p. 9-21.
ESTEVEZ, Lucas Fiaschetti. A crítica ao jazz de Theodor W. Adorno à luz da história: de qual música estamos falando? In: ÁSKESIS, v. 10, n. 1, p. 56-78, jan-jun, 2021.
HANSLICK, Eduard. Do belo musical. Lisboa. Lisboa: Edições 70, 2002.
HUSSAK, Pedro; IWAO, Henrique. O regime romântico e a irrepresentação. In: DUARTE, R.; ROCHA, R. (orgs.). Modos de presença nos fenômenos estéticos. Belo Horizonte: Relicário, 2023, p. 65-77.
PUCCIARELLI, Daniel. Só há Beethoven e Hegel? Breve reflexão sobre uma frase de Adorno. Artefilosofia, Ouro Preto, n. 16, Julho 2014, p. 57-76.
RIBEIRO JÚNIOR, Antônio Carlos Araújo. It’s nation time! Jazz, raça e política nos escritos de Frantz Fanon e Amiri Baraka (1950-1970). Revista de História, São Paulo, n.183, 2024, p. 1-38.
WITKIN, Robert W. Why did Adorno “Hate” Jazz?. In: Sociological Theory, Vol. 18, No. 1., pp. 145-170, Mar., 2000.
Copyright (c) 2025 Rafael Sellamano, Willian Vasconcellos

This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores/as mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0/ que permite o compartilhamento do trabalho, com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores/as têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.