Corpo e descolonização na arte brasileira contemporânea
Abstract
Starting from an approximation between Vilém Flusser and Donna Haraway, I investigate concepts, practices, technologies and aesthetics that brand, hierarchically organize and explore – in a word: colonize – our bodies. Subsequently, I discuss with Rodrigo Duarte's argument that a certain kind of corporeality that was repressed by several cultures could be understood as an “aesthetic” basis for a political movement of resistance to what Flusser called the programming of humanity by the apparatus, which corresponds, in general lines, to what Haraway called the informatics of domination. I defend the hypothesis of a double subversive possibility based on contemporary Brazilian artistic production that, in different ways, engage the bodies – the body of the artist, the bodies of the spectators/participants/cocreators, the social body – in decolonial practices. Finally, I update these topics considering the current situation of pandemic and social isolation.
Downloads
References
AMARAL, Aracy A. Arte e meio artístico: entre a feijoada e o x-burguer (1961-1981). São Paulo: Nobel, 1983.
ANZALDÚA, Gloria. Borderlands/La Frontera: The New Mestiza. São Francisco: Aunt Lute, 1987.
DUARTE, Rodrigo. Sobre pós-história e Ciborgues (com um vislumbre da “estetosfera”). VISO: Cadernos de estética aplicada, Rio de Janeiro, v. 12, n. 23, p. 305-313, 2018.
FAJARDO-HILL, Cecília; GIUNTA, Andrea (Orgs.). Mulheres radicais: arte latino-americana 1960-1985. São Paulo: Pinacoteca, 2018.
FAVARETTO, Celso. Tropicália, alegoria, alegria.São Paulo: Ateliê Editorial, 2007.
FLUSSER, Vilém.Pós-História, vinte instantâneos e um modo de usar. São Paulo: Annablume, 2011.
FLUSSER, Vilém. Fenomenologia do brasileiro. Rio de Janeiro: Eduerj, 1998, p. 102.
FLUSSER, Vilém. O universo das imagens técnicas: elogio da superficialidade. São Paulo: Annablume, 2008.
HAN, Byung-Chul, O coronavírus de hoje e o mundo de amanhã, El País, 22 Mar. 2020. Disponível em: https://brasil.elpais.com/ideas/2020-03-22/o-coronavirus-de-hoje-e-o-mundo-de-amanha-segundo-o-filosofo-byung-chul-han.html Acesso em: 25 Mai. 2020.
HARAWAY, Donna. Manifesto ciborgue: ciência, tecnologia e feminismo-socialista no final do século XX. In: TADEU, Tomaz (Org.). Antropologia do Ciborgue: as vertigens do pós-humano. Trad. Tomaz Tadeu. Belo Horizonte: Autêntica, 2009.
HARAWAY, Donna. Staying with the Trouble: Making Kin in the Chthulucene. Durham e Londres: Duke University Press, 2016.
LIMA, Tânia Stolze. O dois e seu múltiplo: reflexões sobre o perspectivismo em uma cosmologia tupi. Mana, Rio de Janeiro, v. 2, n. 2, p. 21-47, 1996.
LUGONES, María. Rumo a um feminismo descolonial. Estudos feministas, Florianópolis, v. 22, n. 3, p. 935-952, 2014.
MILLER, Joana. As coisas: os enfeites corporais e a noção de pessoa entre os Mamaindê (Nambiquara). São Paulo: Mauad, 2018.
OITICICA, Hélio. Aspiro ao grande labirinto.Rio de Janeiro: Rocco, 1986. PALERMO, Zulma. El arte Latinoamericano en la encrucijada decolonial. Buenos Aires: Ediciones Signos, 2015.
PRECIADO, Paul Beatriz. Aprendiendo del virus, El País, 28 Mar. 2020. Disponível em: https://elpais.com/elpais/2020/03/27/opinion/1585316952_026489.html Acesso em: 25 Mai. 2020.
VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. Metafísicas canibais.São Paulo: Cosac Naify, 2015.
VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. A inconstância da alma selvagem: e outros ensaios de antropologia. São Paulo: Cosac & Naify, 2002.
Copyright (c) 2020 Debora Pazetto

This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores/as mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0/ que permite o compartilhamento do trabalho, com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores/as têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.