Antropologia em contraponto:
a música e o ser humano em Vladimir Jankélévitch.
Abstract
A música desempenha papel de centralidade não só na estética de Vladimir Jankélévitch, mas em toda a sua reflexão filosófica. Radicalmente inscrita na temporalidade, a experiência musical apresenta certos traços fundamentais que também caracterizam a concepção ontológica, ética e antropológica do autor. Este artigo focalizará, especificamente, possíveis pontos de confluência entre a música e o ser humano, recorrendo a um método analógico empregado com frequência pelo filósofo. Assim, a fim de abordarmos o problema antropológico, recorreremos à arte sonora e a fim de abordarmos o mistério musical, recorreremos ao sujeito que a cria, interpreta e aprecia. Nesta abordagem, serão especialmente examinados aspectos como a brevidade, a singularidade, a inefabilidade e a ambiguidade, partilhados pela música e pelo ser humano no pensamento jankélévitchiano.
Downloads
References
ANGELUS SILESIUS. El peregrino querúbico. Edición y traducción de Luís Duch Álvarez. Madrid: Siruela, 2005. 327p.
ARISTÓTELES. De la génération des animaux. Texte établi et traduit par Pierre Louis.Paris: Les belles lettres, 1961. 231p. (Universités de France).
BERGSON, Henri. Cartas, Conferências e outros escritos. In: Os pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1974.514p.
GILSON, Étienne. Introduçãoàs artes do belo: o que é filosofar sobre a arte? Tradução: Érico Nogueira. São Paulo: É realizações, 2010. 223p.
GONTIJO OLIVEIRA, Clovis Salgado. “Infinidades imanentes”: afinidades entre a obra de arte e o organismo em V. Jankélévitch, leitor de Bergson. Síntese: Revista de Filosofia, Belo Horizonte,v.38, nº 121, p.211-234, Maio/Agosto2011.
GREGÓRIO DE NISSA. A criação do homem; A alma e a ressurreição; A grande catequese. Tradução: Bento Silva Santos. São Paulo: Paulus, 2011. 387p. (Patrística, 29).
JANKÉLÉVITCH, Vladimir. Bergson. Paris: Félix Alcan, 1931. 300p.
JANKÉLÉVITCH, Vladimir. L’alternative.Paris: Felix Alcan, 1938.221p
JANKÉLÉVITCH, Vladimir. La mauvaise conscience. Paris: Presses Universitaires de France, 1951.
JANKÉLÉVITCH, Vladimir. La mort. Paris: Flammarion, 1966.
JANKÉLÉVITCH, Vladimir. Le nocturne. In:La musique et les heures.Paris: Seuil, 1988. 293p.
JANKÉLÉVITCH, Vladimir. La musique et l’ineffable. Paris: Seuil, 1983. 194p.
JANKÉLÉVITCH, Vladimir. Le je-ne-sais-quoi et le presque-rien. La manière et l’occasion. Paris: Seuil,1980a. 147p. v.1.
JANKÉLÉVITCH, Vladimir. Le je-ne-sais-quoi et le presque-rien.La méconnaissance, le malentendu.Paris: Seuil, 1980b. 248p. v. 2.
JANKÉLÉVITCH, Vladimir. Le pur et l’impur.Paris: Flammarion, 1960. 284p. (Bibliothèque de Philosophie Scientifique).
JANKÉLÉVITCH, Vladimir. Philosophie première: introduction à une philosophie du presque. Paris: Quadrige/PUF, 1986.268p.
JANKÉLÉVITCH, Vladimir; BERLOWITZ, Beatrice. Quelque part dans l’inachevé. Paris: Gallimard, 1978.265p.
JERPHAGNON, Lucien.Vladimir Jankélévitch ou de l’Effectivité. Paris: Seghers,1969.184p.(Philosophes de tous les temps).
JUAN DE LA CRUZ. Obras completas. 7ed. Preparada por Eulogio Pacho. Burgos: Monte Carmelo, 2000. 1341p. (Colección Maestros espirituales carmelitas; 3).
LEOPOLDO E SILVA, Franklin. Bergson e Jankélévitch. Estudos avançados, SãoPaulo,v. 10, nº 28,p.333-345, Set./Dez. 1996.
LISCIANI-PETRINI, Enrica. Charis: essai sur Jankélévitch. Traduction: Antoine Bocquet.Milão: Mimesis, 2013.184p.
LISCIANI-PETRINI, Enrica.. Lo “charme” del la musica. In:La musica e l’ineffabile. Traduzione e introduzione di Enrica Lisciani-Petrini. Napoli: Tempi Moderni, 1985. 216p.
PESSOA, Fernando. Livro do desassossego: composto por Bernardo Soares, ajudante de guarda-livros na cidade de Lisboa. Organização: Richard Zenith. São Paulo: Companhia das Letras, 1999.534p.
PSEUDO-DIONÍSIO AREOPAGITA. Obras completas del Pseudo-Dionisio Areopagita. Edición de Teodoro H. Martin. Madrid: Biblioteca de Autores Cristianos, 1990.418p. (BAC, 511).
TERESA DE JESÚS. La vida,las moradas. PML, 1995.443p. (Clásicos españoles).
VAZ, Henrique C. de Lima. Antropologia Filosófica I. 6.ed. São Paulo: Loyola, 2001.(Filosofia).
Copyright (c) 2017 Revista ArteFilosofia
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores/as mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0/ que permite o compartilhamento do trabalho, com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores/as têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.