A arte e a vida:

interseções.

  • Noéli Ramme

Abstract

Este trabalho pretende falar da existência ou não de limites na arte a partir de uma visada sobre a situação contemporânea. A superação dos gêneros artísticos ocorrida com a substituição da artesania pelo trabalho com o conceito, ocorridas no começo do século XX pode ser tomada como o início de um processo de abertura total do campo da arte, que parece ser irreversível e definitivo. Essa abertura pode ser entendida, no sentido duchampiano, como uma expansão sem limites do conceito arte, mantendo, no entanto, a distinção entre a arte e a vida, mas pode ser entendida também como uma superação dos limites entre a arte e a vida. A segunda posição nos leva a refletir sobre a relação entre a arte e a vida, sobre os limites entre elas e sobre a possibilidade, ou necessidade, de superá-los.

Downloads

Download data is not yet available.

References

AGAMBEN, G. Arqueologia da obra de arte. Transliteração e tradução de Vinícius N. Honesko. Princípios. V. 20, n.34, Jul. Dez de 2013, pp. 349-361. Natal, RN.

DANTO, A. A transfiguração do lugar-comum. Tradução Vera Pereira. São Paulo: Cosac & Naify. 2005.

DANTO, A. Após o fim da arte: a arte contemporânea e os limites da história.Tradução de Saulo Krieger. SP: Odysseus-Edusp, 2006.

DANTO, A. O descredenciamento filosófico da arte. Tradução de Rodrigo Duarte. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2014.

DE DUVE, T. 2005. La Nouvelle donne: Remarques sur quelques qualifications du mot “art”. In: Revue d’etudes esthétiques.PUP. pp-83-95.

RAMME, N. É possível definir “arte?”. Analytica,Rio de Janeiro, vol 13 nº 1, 2009, p. 197-212.

WITTGENSTEIN, L. Tractatus logico-philosophicus. São Paulo: EDUSP.1994.

WITTGENSTEIN, L. Investigações Filosóficas. Col. Os Pensadores. 1989.

Published
2017-04-19
Section
Dossiê: Os limites da arte