A livre improvisação musical enquanto operação de individuação
Abstract
Neste texto busco relacionar conceitos desenvolvidos por Georges Simondon a respeito dos processos de individuação com as minhas reflexões sobre o plano de consistência da livre improvisação musical. Para fomentar esta reflexão utilizo formulações anteriormente desenvolvidas no âmbito da minha pesquisa de doutorado (2003) em que me apoiei na filosofia de Deleuze e Guattari para investigar o funcionamento dinâmico dos ambientes de livre improvisação musical. O objetivo é afirmar e detalhar o caráter processual e imanente da prática de livre improvisação musical, cujo fluxo se delineia na forma de uma sucessão de estados provisórios. As noções de devir, multiplicidade e transdução serão fundamentais para o desenvolvimento da argumentação.
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