Duchamp, dândi contra a melancolia?
Abstract
Com base na tese de Walter Benjamin, Origens do drama barroco alemão e no texto Luto e Melancolia de Freud, o presente trabalho caracteriza a melancolia como o humor que permeia a modernidade. Para analisar formas de enfrentar o espírito melancólico próprio da modernidade, três personagens são caracterizados: o príncipe do drama do Barroco, sendo Hamlet o paradigma do príncipe barroco, o dândi analisado por Baudelaire e d’Aurevilly e Duchamp, o artista que inaugurou a arte moderna pós-vanguardista. Enquanto o príncipe sucumbe ao estado melancólico, o dândi e Duchamp resistem ao tédio que paira sobre as sociedades modernas, mas de formas também diferentes. O dândi apela para seu narcisismo como forma de manter seu apego à vida, enquanto Duchamp usa o humor, a brincadeira e o jogo para lidar com as incongruências da existência humana.
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