O duplo papel da imaginação no sublime kantiano

  • Vladimir Vieira

Abstract

O objetivo desse artigo é discutir o papel desempenhado pela imaginação para a produção do sublime na Crítica da faculdade de julgar (1790). Mostrarei que, por um lado, Kant permanece de certo modo ligado à tradição que o precede, pois privilegia os poderes reprodutivos dessa faculdade na exposição do caso matemático. O caso dinâmico, entretanto, não pode ser pensado sem que sejam postos em jogo também os seus poderes produtivos, o que indica uma ruptura com essa mesma tradição que aponta para os futuros desdobramentos da questão no período romântico.

Downloads

References

ADDISON, J.The Pleasures of the Imagination. In: The Spectator, v. 6, ns. 411-421, Boston: Little, Brown & Co., 1856, p. 121-178.

CASSIRER. H. W. A Commentary on Kant’s Critique of Judgement. New York: Barnes & Noble, 1970.

CROWTHER. P. The Kantian Sublime: From Morality to Art. Oxford: Clarendon, 1989.

GIBBONS, S. Kant's Theory of Imagination: Bridges and Gaps in Judgement and Experience. Oxford: Clarendon, 1994.

GUYER, P. Kant and the Claims of Taste. Cambridge: Cambridge University, 1997.

KANT, I. Kritik der reinen Vernunft. In: Werksausgabe. Bd. III-IV. Edição organizada por Wilhelm Weischedel. Frankfurt am Main: Suhrkamp, 1976.

KANT, I. Kritik der Urteilskraft.Werkausgabe, Band X. Edição organizada por Wilhelm Weischedel.Frankfurt am Main: Suhrkamp, 1976.

KNELLER, J. Kant and the Power of Imagination. Cambridge: Cambridge University, 2007.

Published
2017-04-20
Section
Filosofia da imagem e da imaginação