Habitação e habitações no ocaso da modernidade:
15 de julho de 1972, 15h32m (mais ou menos)
Abstract
Esse ensaio vale-se, primariamente, do pensamento de Merleau-Ponty para oferecer uma abordagem da habitação e das habitações. Como avaliamos nosso espaço vivido nesse ocaso da modernidade? Como habitamos? Quais são os perigos da habitação moderna e das habitações modernistas? Meu ensaio tem quatro partes. “A arte de habitar” nos remete à abordagem refletida que William Hamrick faz da base estética do valor, embora discordando do humanismo dessa abordagem. “Adeus, Minoru Yamasaki” ilumina os problemas da ênfase modernista excessiva no funcionalismo e na eficiência dos espaços vividos. “Humanismo e estrutura” chama a atenção para a abordagem que Merleau-Ponty desenvolve sobre as diferenças entre o comportamento humano e o comportamento animal em seu caminho para a elucidação da estrutura do comportamento, assim como em sua discussão da natureza. Finalmente, “O que faz de uma casa um lar?” critica o humanismo da abordagem inicial de Merleau-Ponty (e de Hamrick) e sugere, em vez disso, que nos voltemos para nossa própria animalidade para melhor compreender nossa habitação. Defendo a ideia de que nós valoramos nossas habitações esteticamente e que compartilhamos essa capacidade com as outras espécies.
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