A árvore e a liberdade.
Acerca do belo natural em Kant
Abstract
Por que uma árvore é bela e outra não? Qual o elemento decisivo que nos vem imediatamente ao espírito e decide a questão? Antes de Schiller, Kant argumentara que a liberdade seria este elemento. Uma árvore é bela quando parece ser livre em sua manifestação orgânica, ou seja, expressar-se como dotada de vontade própria. Schiller nos mostra isso de forma mais concreta, inspirado, porém, em Kant. Hegel não compreendeu este importante aspecto ao defender a supremacia do espírito frente à natureza, porque a sua dialética é, no fundo, supressão do sensível; é defesa de uma concepção de totalidade que, absoluta, nega a riqueza contrastante do objeto natural. Adorno, ao reabilitar a primazia kantiana do belo natural e ser representante de uma dialética negativa, pôde compreender muito bem o intuito de Kant e de Schiller. A inclusão do exemplo da bela árvore é uma tentativa de levarmos a discussão a respeito do belo natural para além dos conceitos chave sobre o tema, porque com ele acreditamos expressar de modo significativo o vínculo estreito entre beleza e liberdade e dele tirar importantes consequências éticas.
Downloads
References
ADORNO, T. Ästhetische Theorie. Frankfurt am Main: Suhrkamp,1995.
BARTUSCHAT, Wolfgang. Ästhetische Erfahrung bei Kant. in: ESSER, Andrea (Ed.). Autonomie der Kunst? Zur Aktualität von Kants Ästhetik. Berlin: Akadenie Verlag,1995.
BLUM, Gerhard. Zum Begriff des Schönen in Kants und Schillers ästhetischen Schriften. Fulda: Verlag freier Autoren, 1988.
BÖHME, Harmut/Gernot. Das Andere der Vernunft.Frankfurt am Main: Suhrkamp, 1996.
BÜRGER, Peter. Zur Kritik der idealistischen Ästhetik. Frankfurt am Main: Suhrkamp, 1990.
DÖRFLINGER, Bernd. Die Realität des Schönen in Kants Theorie rein ästhetischer Urteilskraft. Zur Gegenstandsbedeutung subjektiver und formaler Ästhetik. Bonn: Bouvier Verlag, 1988.
FIGAL, G. Theodor W. Adorno. Das Naturschöne als spekulative Gedankenfigur. Bonn: Bouvier, 1977.
FRICKE, Ch. Kants Theorie des reinen Geschmacksurteils, Berlin/New York: De Gruyter, 1990.
HEGEL, F. Vorlesungen über die Ästhetik. in: Werke in zwanzig Bänden. Frankfurt am Main: Suhrkamp,1996, v. 13.
HEGEL, F. Enzyklopädie.Hamburg: Felix Meiner Verlag, 1991.
HILTSCHER, Reinhard. Kant und das Problem der Einheit der endlichen Vernunft. Würzburg: Königshausen & Neumann, 1987.
KANT, I. Kritik der Urteiskraft. in: Kants Werke. Akademie Ausgabe, Berlin: Walter de Gruyter, 1968.
KAULBACH, Friedrich. Ästhetische Welterkenntnis bei Kant. Würzburg: Verlag Königshausen/ Neumann, 1984.
KULENKAMPF, Jens. Kants Logik des ästhetischen Urteils. Frankfurt am Main: Vitorio Klostermann, 1978.
PAETZOLD, H. Neomarxistische Ästhetik II: Adorno –Marcuse. Düsseldorf: Pädagogischer Verlag Schwann, 1974.
SCHELLING, F. Ideen zu einer Philosophie der Natur. In: Schelling, K.F.A. (Org.). Schellings Sämmtliche Werke.14 Bdn.1 Abt. I-X; 2 Abt. I-IV, Stuttgart/Augsburg: Cota, 1856-1861, I,2,216-217.
SCHELLING, F. Über das Wesen der menschlichen Freiheit. In: Schelling, K.F.A. (Org.). Schellings Sämmtliche Werke.14 Bdn.1 Abt. I-X; 2 Abt. I-IV, Stuttgart/Augsburg: Cota, 1856-1861, I, 7, 411.
SCHILLER, F. Kallias-Briefe (Jena, den 23. Februar 1793). in: Über Kunst und Wirklichkeit. Schriften und Briefe zur Ästhetik. Leibzig: Reclam, 1985.
SEEL, Martin. Eine Ästhetik der Natur. Frankfurt am Main: Suhrkamp, 1996.
TEICHERT, Dieter. Imanuel Kant: “Kritik der Urteiskraft”. München: Schöningh Verlag, 1992.
Copyright (c) 2017 Revista ArteFilosofia
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores/as mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0/ que permite o compartilhamento do trabalho, com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores/as têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.