A(r)tivismo e utopia no mundo insano
Abstract
O artigo investiga o conceito de utopia nas práticas artísticas contemporâneas. Pela instauração de micro-utopias que potencializam a circulação dos afetos, a arte contemporânea vem sendo marcada pela instauração de espaços de convivência alternativos, que recriam laços sociais e potencializam os vínculos entre os participantes, explorando as modalidades de uma "estética relacional" (Bourriaud) que visa gerar relações transformadoras num contexto dominado pela lógica neo-liberal. Configuram-se então territórios de resistência e de contaminação que se inscrevem em um movimento mais geral de "artivismo" que, partindo de uma revolução da subjetividade, propõe uma revolução dos nossos modos de perceber e habitar o mundo. No presente artigo, observaremos estes conceitos no trabalho do Coletivo de Performance Heróis do Cotidiano, do Rio de Janeiro. Ao buscar subverter os modos de percepção habituais, o Coletivo propõe uma partilha sensível, que pode resultar na modificação do olhar do participante e do performer sobre o espaço urbano e na transformação da relação que eles estabelecem entre si no contexto da esfera artística.
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References
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