Arte e filosofia versus arte e natureza:
abordagens schellinguianas.
Abstract
Primeiramente, apresentamos três relações entre arte e filosofia presentes na obra de Schelling: (1) arte como órganon da filosofia (Sistema de 1800), (2) arte como objetivação de mistérios (diálogo Bruno de 1802) e (3) arte como uma das formas de apresentação do absoluto (Filosofia da Arte, 1802-3; 1804-5). Conceitos fundamentais para essa tarefa são os de beleza, gênio, aconsciente, verdade. Em seguida, a partir de um confronto com as exposições de Leyte, Pareyson e Tilliette sobre o tema, defenderemos a hipótese de que o paralelismo entre a criação artística e a produtividade absoluta da natureza se mostra o fio condutor mais consistente da estética schellinguiana, apontando os limites da relação entre arte e filosofia como outro candidato a fio condutor.
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