Arte, Tempo e Subjetividade em Gilles Deleuze
Resumo
Um dos traços marcantes da filosofia de Gilles Deleuze é a sua constante intercessão com as mais diversas formas de produção artística. Por meio de cineastas, pintores e literatos, o filósofo francês buscou assinalar determinado modo de pensar, certo devir-artístico do pensamento, em que este último se constituiria ao longo de um movimento ou percurso do pensador/artista. Entretanto, este percurso ou movimento encontra-se, invariavelmente, relacionado a um tempo ou linhas de tempo constituídas por forças e signos que violentam o pensamento, sendo impossível ao sujeito, em um primeiro momento, tomar ciência destas diversas forças que o compõem. Deleuze nos mostra então, por meio de seus estudos, como a arte em sua relação privilegiada com o tempo, permite ao artista/pensador/sujeito reconstituir sua trajetória, isto é, atingir os diversos mundos e pontos-de-vista que o constituem, mostrando assim que a obra de arte, em última instância, revela um processo ou processos de subjetivação que, ao menos inicialmente, são imperceptíveis àqueles que os vivenciam.
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Referências
DELEUZE, Gilles. A Vida Como Obra de Arte. IN: Conversações. São Paulo: Editora 34, 2007.
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