A memória como dispositivo de resistência
do processo de criação do espetáculo a mulher que andava em círculos até o encontro com o público
Resumo
Este artigo concentra suas discussões em torno do processo de criação da peça A mulher que andava em círculos, produzida pelo Mayombe Grupo de Teatro. O trabalho dramatúrgico com a memória coletiva da América Latina pelo prisma de uma mulher impedida de lembrar por causa das limitações da memória é o argumento dessa peça, que passou por uma série de transformações durante os ensaios ao assumir no corpus do texto o olhar estético-político da direção e as intervenções performáticas da atriz. A linha tênue entre ficção e história, entre o esquecimento e os alardes do contexto atual compõe a tessitura da peça estruturada a partir dos ecos silenciados extraídos dos escombros “oficiais” da história. Nessa linha, trazer ao presente como um dispositivo de resistência diante dos regimes opressores tornou-se um trajeto inevitável dentro da montagem, operada justamente na fronteira do poético com as micropolíticas.
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