Perpresentação e sobre-representação: uma leitura da ópera com base em Theodor W. Adorno
Resumo
Este artigo explora a distinção entre os conceitos de “perpresentação” e “sobre-representação” no âmbito da “polimedialidade”, conforme discutido por Rodrigo Duarte em seu projeto estético-teórico Modos de presença nos fenômenos estéticos. Enquanto o conceito de perpresentação possibilita uma avaliação axiologicamente neutra dos fenômenos estéticos, a sobre-representação concebe o resultado das manifestações artísticas de maneira negativa. O artigo aplica essa distinção à ópera, fundamentando-se nas análises estéticas de Theodor W. Adorno e tomando as obras de Richard Wagner e Alban Berg como exemplos paradigmáticos. Wagner é interpretado como uma manifestação da sobre-representação, associada à indústria cultural e ao kitsch, enquanto Alban Berg exemplifica a perpresentação, representando uma arte autêntica voltada para a crítica e a emancipação. A análise busca, assim, aprofundar a compreensão do projeto estético-teórico de Duarte, considerando as implicações políticas e ideológicas no campo da estética contemporânea.
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