A força da natureza nos devaneios poéticos de Rousseau
Resumo
Neste artigo pretendemos demonstrar como Rousseau recupera uma forma de expressão que opera uma fusão entre os gêneros filosófico e literário, estetizando a própria filosofia, a natureza, o mundo e a si mesmo pelo uso que faz de uma linguagem que, podemos definir, por uma “retórica da sensibilidade”. Quer o teórico-artista que tal linguagem se abra para a “força” da natureza e com ela movimentar a alma de seus leitores, levando a uma reforma de nível moral. Entre os textos que reabrem caminho para essa fusão, destacaremos aqui Os Devaneios do Caminhante Solitário, mais especificamente sua Quinta Caminhada, texto em que o autor explora todo o seu lirismo, sendo considerado por muitos como o mais “romântico” de seus escritos.
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Referências
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