Curadoria ecotrava

gênero ambiental, performance vegetal e tráfico de obras

Palavras-chave: curadoria, performance vegetal, travestilidades, ecologia cênica

Resumo

Como instaurar na cena uma cognição vegetal que rompa com a cisnormatividade? Articulamos aqui o delinear do conceito Curadoria Ecotrava em artes cênicas que envolve o ato de conceber, elaborar e promover o exercício curatorial a partir de uma perspectiva travesti-ambiental. São analisadas, então, três experiências curatoriais: 1) Trava da Peste - Casa de Saberes Cego Aderaldo (Quixadá/CE, 2023); 2) Afetossíntese - 8ª Mostra Internacional de Teatro de São Paulo - MITsp (São Paulo/SP, 2022); e 3) 4° NIDO - Encuentro Internacional de Artes Vivas (Rivera - Uruguay, 2022).

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Dodi Leal, Universidade Federal do Sul da Bahia

Professora de Artes Cênicas da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB). É docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Ensino e Relações Étnico-Raciais (mestrado profissional) - PPGER/UFSB e colaboradora do Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas - PPGAC/UDESC. É co-coordenadora do GT Estudos Transvestigêneres da ABRACE - Associação Brasileira de Pesquisa e Pós-Graduação em Artes Cênicas. Líder do Grupo de Pesquisa PEDAGOGIA DA PERFORMANCE: visualidades da cena e tecnologias críticas do corpo UFSB/CNPq e vice-líder do Grupo de Pesquisa Protocolos de Convivialidade UEM/CNPq. Doutora em Psicologia Social pelo Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (IP-USP), com estágio doutoral no programa de Doutoramento em Estudos Artísticos da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, concentração na área de Estudos Teatrais e Performativos. Licenciada em Artes Cênicas (CAC/ECA/USP). 

Isadora Ravena, Universidade do Estado de Santa Catarina

Professora, pesquisadora e artista multilinguagem. É doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Artes da Cena da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), na linha de pesquisa de Pedagogia das Artes. É Mestre em Artes e Licenciada em Teatro pela Universidade Federal do Ceará. 

Referências

BRASILEIRO, Castiel Vitorino. Quando o sol aqui não mais brilhar: a falência da negritude. São Paulo: n-1 edições, 2022.

DIÉGUEZ, Ileana. Desmontagem cênica. Revista Rascunhos - Caminhos da Pesquisa em Artes Cênicas, Uberlândia, v. 1, n. 1, p. 5-12, 2014.

LEAL, Dodi. Fabulações travestis sobre o fim. Conceição-Conception, Campinas, v. 10, p. 1-19, 2021.

LEAL, Dodi. Biotecnologias da cena: generética do corpoluz e filosofia estética das encruzitravas. In: DALAQUA, Gustavo. NOYAMA, Samon. Boal e a Filosofia. Curitiba: Editora CRV, 2022.

LEAL, Dodi; FARIAS, Saile. Povoar a cultura com a performance da floresta: a vida de viadoplantas e a cena transespécie. Revista Brasileira de Estudos da Presença. Porto Alegre, v. 13, n. 4, p.1-31, 2023.

MARTINS, Leda Maria. Performances do tempo espiralar: poéticas do corpo-tela. Rio de Janeiro: Cobogó, 2021.

MATOS, Olgária Chain Féres. O mal estar na contemporaneidade: performance e tempo. In: MEDEIROS, Maria Beatriz; MONTEIRO, Marianna F. M; MATSUMOTO, Roberta K. Tempo e Performance. Brasília: Editora da Pós-Graduação em Arte da Universidade de Brasília, 2007.

PAVIS, Patrice (Ed.). The Intercultural Performance Reader. London and New York: Routledge, 1996.

RAVENA, Isadora. Prototeses para travecametodologias de criação em arte contemporânea. Revista Poiésis, Rio de Janeiro, v. 23, n. 40, p. 95-103, 2022.

​​ROLNIK, Suely. Esferas da insurreição: notas para uma vida não cafetinada. São Paulo: n-1 edições, 2018.

SCHECHNER, Richard. Performance Studies: an introduction. 2.ed. London and New York: Routledge, 2003.

TAYLOR, Diana. O arquivo e o repertório. Performance e memória cultural nas Américas. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2013.

VILLADA, Camila. As Malditas. 1.ed. Lisboa: BCF Editores, 2022.

Publicado
2023-12-12
Como Citar
LEAL, D.; RAVENA, I. Curadoria ecotrava: gênero ambiental, performance vegetal e tráfico de obras. Ephemera: Revista do Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas da Universidade Federal de Ouro Preto, v. 6, n. 11, 12 dez. 2023.