Flanar, deambular ou derivar? A rua como espaço da experimentação artística

Palavras-chave: Caminhar, cidade, criatividade, deriva, performance

Resumo

Este artigo apresenta a trajetória do ato de caminhar como uma ferramenta de criação artística. Flanar, Deambular ou Derivar são sinônimos quando a questão for caminhar para ativar a criatividade. Dos primeiros registros na História da Arte sobre uma caminhada de descobertas com o poeta e crítico Charles Baudelaire e a flanerie até os dias atuais, a caminhada possui uma história como ferramenta de criação nos movimentos artísticos. Apoiadas nos estudos de Francesco Careri (2017), compartilhamos algumas possibilidades de deambulação em coletivo e como uma ação pedagógica.

Biografia do Autor

Virgínia Tiradentes Souto , UNB

Virgínia Tiradentes Souto é chefe e Professora Associada do Departamento de Design da Universidade de Brasília (UnB). Membro do PPG Design e do PPG Artes Visuais ambos na UnB. Tem mestrado (1998) e doutorado (2006) em Typography and Graphic Comunication pela Universidade de Reading, Inglaterra. É coordenadora do grupo de pesquisa Design da Informação (desde 2008), editora gerente da Revista Brasileira de Design da Informação (InfoDesign) e editora associada da Revista Design, Tecnologia e Sociedade, e revisora de vários periódicos. E-mail: v.tiradentes@gmail.com .

Diana Medina, UFC

Diana Patrícia Medina Pereira é doutoranda no Programa de Pós-graduação em Artes na Universidade de Brasília na linha Imagens, visualidades e urbanidades. Professora Adjunta da Universidade Federal do Ceará no curso Design Digital. Licenciada em Artes pelo Instituto Federal do Ceará e mestra em Teoria, Criação e Mediação em Artes Plásticas pela Université de Mirrail, Toulouse, França. E-mail: medina.diana@gmail.com .

Referências

BACHERLARD, Gaston. A poética do espaço. São Paulo: Martins Fontes, 1993.

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Publicado
2021-12-12
Como Citar
TIRADENTES SOUTO , V.; MEDINA, D. Flanar, deambular ou derivar? A rua como espaço da experimentação artística. Ephemera - Revista do Programa de Pós Graduação em Artes Cênicas da Universidade Federal de Ouro Preto, v. 4, n. 9, p. 77-88, 12 dez. 2021.