Couraça

uma performance decolonial maranhense

Palavras-chave: performance, decolonial, análise semiótica, boi, resistência

Resumo

Este artigo analisa a performance Couraça de Leônidas Portela, fundamentando-se nas teorias de Patrice Pavis, Lîlâ Bisiaux, Boaventura de Sousa Santos e outros. Embora a performance utilize o espaço público (Milton Santos) como palco, nosso foco investigativo estará no corpo como material concreto da performatividade, assim como nos aspectos simbólicos do boi como tradição popular. Utilizando a metodologia semiótica, analisaremos os elementos corporais do ator, os diferentes tipos de espaços físicos e o boi como símbolo estético e de resistência no Maranhão. Afirmamos que a performance é uma prática decolonial, tendo o Bumba meu boi como figura central para sua criação estética.

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Biografia do Autor

Raylson Conceição, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro

Doutorando Capes em teatro na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Anteriormente, concluiu mestrado em Artes Cênicas na linha de pesquisa "Pedagogia das Artes Cênicas, Recepção e Mediação Cultural" pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA), onde desenvolveu o estudo chamado "O ENCONTRO: do acontecimento a um olhar atento - o espetáculo O Miolo da Estória", defendido em setembro de 2021. Possue graduação em Teatro pela UFMA (2017) e especialização em Arte, Mídia e Educação pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IFMA) (2021). Entre 2013 e 2014, participou do Grupo de Pesquisa e Extensão Cena Aberta no Brasil, desenvolvendo produções artísticas, projetos de extensão e pesquisa.

Michelle Cabral, Universidade Federal do Maranhão

Docente e pesquisadora do Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas -PPGAC/UFMA. Docente do curso de Teatro Licenciatura do Departamento de Artes Cênicas - DEARTC/UFMA, diretora teatral e palhaça.

Referências

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Publicado
2024-10-17
Como Citar
CONCEIÇÃO, R.; CABRAL, M. Couraça: uma performance decolonial maranhense. Ephemera: Revista do Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas da Universidade Federal de Ouro Preto, v. 7, n. 13, 17 out. 2024.