Couraça
uma performance decolonial maranhense
Resumo
Este artigo analisa a performance Couraça de Leônidas Portela, fundamentando-se nas teorias de Patrice Pavis, Lîlâ Bisiaux, Boaventura de Sousa Santos e outros. Embora a performance utilize o espaço público (Milton Santos) como palco, nosso foco investigativo estará no corpo como material concreto da performatividade, assim como nos aspectos simbólicos do boi como tradição popular. Utilizando a metodologia semiótica, analisaremos os elementos corporais do ator, os diferentes tipos de espaços físicos e o boi como símbolo estético e de resistência no Maranhão. Afirmamos que a performance é uma prática decolonial, tendo o Bumba meu boi como figura central para sua criação estética.
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Referências
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