Quebradeiras de Coco Babaçu de Codó-MA: Gênero, Memória e Ensino de Matemática
Resumo
Nosso objetivo é compreender as percepções das Quebradeiras de coco sobre o ensino de matemática, considerando suas experiências e práticas socioculturais. Sobre o percurso metodológico, caracterizamos nosso estudo como qualitativo, descritivo e interpretativo, organizado em duas etapas: bibliográfica e de campo. As técnicas utilizadas para coleta de dados incluíram: observação e entrevistas com roteiros semiestruturados com três Quebradeiras de coco. Os principais autores utilizados para tal pesquisa foram Merleau-Ponty, Bergson e D’Ambrosio. O que percebemos durante esse trajeto, foi que cada uma dessas mulheres tem muito a nos ensinar, e que os seus saberes perpassam os muros da escola. Portanto, concluímos que ainda há muitos desafios enfrentados diariamente pelas Quebradeiras de coco babaçu em Codó/MA que envolvem gênero, memória e ensino de matemática.
Downloads
Referências
BARBOSA, Viviane de Oliveira. Trabalho, Conflitos e Identidades numa Terra de Babaçu. História Social, Campinas-SP, n.14/15, p. 255-275, 12 ago. 2008.
BARROS, Valderiza. A concepção de educação das quebradeiras de coco babaçu: um estudo preliminar. 2010. Disponivel em: http://portalypade.mma.gov.br/quebradeiras-de-coco-babaçubiblioteca?download=612:a-concepçao-de-educacao-das-quebradeiras-de-cocobabaçu-um-estudo-preliminar. Acesso em 16 de julho de 2023.
BRASIL. Constituição. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, Senado Federal, 1988.
BERGSON, H. Matière et mémoire Edition critique. Paris: PUF, 2008
BRUNNER, Jerome. A construção narrativa da realidade. Critical Inquiry, p. 1-21, 1991.
CANDAU, Joël. Memória e Identidade. São Paulo: Contexto, 2018.
D’AMBROSIO, U. Etnomatemática: Arte ou técnica de explicar e conhecer. São Paulo: Editora Ática, 1998.
________. Educação matemática: da teoria à prática. Campinas: Papirus, 2002.
________. Etnomatemática: elo entre as tradições e a modernidade. 3.ed. Belo Horizonte: Autentica Editora, 2009.
________. Transdiciplinaridade. 2.ed. São Paulo: Palas Atenas, 2012.
DIEGUES, Antônio Carlos. O mito moderno da natureza intocada. São Paulo: Editora Hucitec, 1996.
FERNANDES, Filipe Santos . Matemática e colonialidade, lados obscuros da modernidade: giros decoloniais pela Educação Matemática. Ciência & Educação (Bauru), vol. 27, e21065, 2021. DOI: https://doi.org/10.1590/1516-731320210065
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática da autonomia. 25ª Ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
GIRALDO, V.; FERNANDES, F. S. Caravelas à vista: giros decoloniais e caminhos de resistência na formação de professoras e professores que ensinam matemática. Perspectivas da Educação Matemática, Campo Grande, v. 12, n. 30, p. 467-501, jan. 2019. DOI: https://doi.org/gxtr.
GOMES, A. A. M. Aprender Matemática na Educação de Jovens e Adultos: a arte do sentir e dos sentidos. 2012. 354 f. Tese (Doutorado em Educação) - Faculdade de Educação, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2012.
KOSELLECK, Reinhart. Estratos do tempo: estudos sobre história. Rio de Janeiro: Contraponto: PUC-Rio, 2014.
OLIVEIRA, K. A. Entre o Machado e o cacete: de um olhar para a um olhar com as Quebradeiras de coco Babaçu partir das diferentes Matemáticas. In Anais XXIII Encontro Brasileiro de Estudantes de Pós-Graduação em Educação Matemática. São Paulo/SP: 2019.
MALDONADO-TORRES, N. A topologia do ser e a geopolítica do conhecimento: modernidade, império e colonialidade. In: SANTOS, B. S.; MENEZES, M. P. (ed.). Epistemologias do sul. Coimbra: Almedina, 2009. p. 337-382.
MERLEAU-PONTY, M. O visível e o invisível. A. Gianotti, & A. Mora, Trad. São Paulo: Perspectiva, 1992.
________. Fenomenologia da percepção. C. Moura, Trad. São Paulo: Martins Fontes, 1994.
SCOTT, Joan. História das mulheres. In: BURKE, Peter (Org.). A escrita da história: novas perspectivas. São Paulo: UNESP, 2011.
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.