Quando o DJ toca: pensando etnomatemáticas no movimento Hip-Hop

Palavras-chave: Educação, Práticas culturais, Decolonialidade

Resumo

Nos anos 70 nas periferias dos Estados Unidos da América, local onde a população afro-americana e latina se via excluída socialmente e com poucos acessos às condições básicas de segurança, econômicas e sociais. Esquecidos pelo Estado e em meio a violência, a cultura hip-hop emerge como uma fuga destas mazelas e promove a criação de uma nova identidade, fruto do encontro desses grupos culturais que ali viviam. Claramente, junto com toda uma cultura composta por elementos de dança, música, poesia e visual, uma série de saberes e fazeres são ali produzidos. Este trabalho traz conhecimentos da encruzilhada do som e do corpo, da arte do DJ que dialoga com sua plateia através de suas músicas, suas técnicas que produzem sonoridades próprias. Partindo de levantamentos teóricos e vivências dos autores, olhamos para a prática do DJ e possíveis diálogos com a etnomatemática e a decolonialidade do saber.

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Biografia do Autor

Luiz Felipe de Melo Pereira, Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)

Mestrando em Educação  pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), campus Campinas. Professor do Senac São Paulo (Campinas), Campinas, SP, Brasil.

Jackeline Rodrigues Mendes, Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)

Doutora em Lingustica Aplicada  pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), campus Campinas. Professora da Faculdade de Educação (FE- UNICAMP), Campinas, SP, Brasil.

Referências

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Filmografia

Nos Tempos da São Bento. Direção: Guilherme Botelho. São Paulo.2010

Músicas

Diáspora - DV Tribo (Djonga, Clara Lima, FBC, Hot & Oreia e Coyote Beats). CASA1.São Paulo. 2016

Quando o DJ Toca - FBC & VHOOR. Belo Horizonte. 2021

Publicado
2024-10-09
Como Citar
PEREIRA, L. F. DE M.; MENDES, J. R. Quando o DJ toca: pensando etnomatemáticas no movimento Hip-Hop. Revemop, v. 6, p. e2024023, 9 out. 2024.
Seção
Propostas e Ações decoloniais com Educação Matemática